//Após fim da greve dos caminhoneiros, Grande Recife registra gasolina mais cara e ausência de filas em postos

Após fim da greve dos caminhoneiros, Grande Recife registra gasolina mais cara e ausência de filas em postos

Dois dias depois da desobstrução das rodovias bloqueadas durante a greve dos caminhoneiros, que limitou o fluxo de cargas que circulam pelo Porto de Suape, no Grande Recife, os postos de combustível não apresentam mais filas. Motoristas encontram gasolina com facilidade, mas etanol ainda não está disponível em todas as bombas. Uma das reclamações dos motoristas é o preço do combustível. Dias antes do início da greve, a gasolina era encontrada por valores que iam de R$ 4,19 a R$ 4,59. Nesta sexta-feira (1º), os postos visitados pela TV Globomostram uma média de R$ 4,89. A Petrobras elevou o preço do combustível nas refinarias na quara-feira (30).Num posto de combustíveis na Rua Jean Émile Favre, no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife, a gasolina chegou por volta das 5h desta sexta-feira (1º), mas o etanol ainda faltava.A administração do estabelecimento explicou que o caminhão que abasteceu o local esperava no Porto de Suape desde as 22h de quinta-feira (31), mas teve que esperar a madrugada inteira por causa da fila de caminhões no local. De acordo com o gerente do posto, Pedrosa, a demanda para carregamento em Suape é muito grande. Por isso, a carga precisou ser fracionada entre quatro postos da região.”A transportadora abastece nove postos, então, a carga está sendo fracionada para abastecer um pouco a todos os postos. O etanol e a gasolina aditivada ainda não temos, porque a prioridade da população é a gasolina comum e o óleo diesel”, disse O desabastecimento de combustível também ocasionou a falta de botijões de gás de cozinha em todo o estado. Apesar da liberação das cargas que estavam bloqueadas em Suape, o abastecimento continua irregular nas distribuidoras da região. Em consequência do desabastecimento, houve o aumento no preço de alguns produtos, como o pão. De acordo com o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Pernambuco (Sindipão), a paralisação dos caminhoneiros aliada ao comportamento do mercado tem um reflexo de cerca de 10% de aumento no preço final do pão francês, que pode ser sentido pelos consumidores nas mais de 4 mil padarias do estado, no início de junho.De acordo com o presidente do Sindipão, Paulo Pereira, é possível encontrar estabelecimentos vendendo o quilo do pão francês a R$ 14, por causa da alta.”No início de 2018, tivemos aumento no preço da energia elétrica e no salário mínimo, por exemplo, além do aumento da farinha de trigo no mercado internacional. Essa greve tem trazido um movimento novo, às vezes especulativo. O saco da farinha custava R$ 56 e está chegando a R$ 72. Temos que esperar para ver como o mercado vai reagir”, disse Paulo.Educação A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e o Instituto Federal de Pernambuco retomaram as aulas e o expediente nesta sexta-feira (1º), depois de suspenderem as atividades por causa da greve e do feriado de Corpus Christi, celebrado na quinta (31).Via:G1

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