//Exame toxicológico demora e Detran já acumula quase 3 mil carteiras (PE)

Exame toxicológico demora e Detran já acumula quase 3 mil carteiras (PE)

Desde o dia 2 de março deste ano, o Detran-PE acumula uma pilha de solicitações de unidades de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A espera já atinge quase três mil condutores que precisam tirar ou renovar a documentação nas categorias C, D e E. É que para isso eles precisam se submeter ao exame toxicológico, que detecta se o motorista usou alguma droga em um período de 90 dias antes. O órgão aponta a demora no processo e para a divulgação do resultado como motivo para o acúmulo dos pedidos.

“Isso só prejudica o usuário. O prazo para a entrega do resultado é de 10 a 15 dias. Depois, o condutor ainda precisa esperar que o laboratório encaminhe o laudo para o Denatran [Departamento Nacional de Trânsito ], que vai validar para só e depois mandar para os Detrans. Isso leva, mais ou menos, um mês, sem contar o período dos outros exames médicos pelos quais o usuário precisa passar”, detalhou o presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro.
O motorista precisa procurar um laboratório registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e entregar uma amostra de fio de cabelo, unha ou pelo  para realização do exame. O resultado será encaminhado para um dos seis laboratórios credenciados pelo Denatran.
Adepto ao exame, Ribeiro discorda completamente da forma como ele está sendo realizado. Cumprindo a demanda judicial, o presidente do Detran-PE reclama que dessa maneira o órgão fica de fora de todo processo. “O ideal seria que o Detran pudesse acompanhar a questão da coleta desse material. Desse jeito, não temos nenhum controle do que está acontecendo, diferente dos outros exames, como o psicomédicos”, destaca.
O diretor presidente do Detran-PE ainda ressaltou que o motorista não precisará pagar nenhuma taxa aos cofres públicos, já que o exame é feito fora da instituição. No site do Denatran é possível consultar quais são os laboratórios, mas não há informações sobre valores, já que o exame é uma atividade de iniciativa privada.  (Do G1 PE)
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