//Memorial em homenagem a Manuel Eudócio será inaugurado em Caruaru

Memorial em homenagem a Manuel Eudócio será inaugurado em Caruaru

Ideia do memorial é manter viva as obras criadas em 68 anos de dedicação.  Eudócio morou na Rua Mestre Vitalino, no Alto do Moura, onde trabalhava. Na próxima segunda-feira (13), será inaugurado no Alto do Moura, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, o memorial em homenagem ao Mestre Manuel Eudócio, um dos maiores nomes da cultura caruaruense. A data marca um ano da morte do artesão.

Em 2005, Eudócio se tornou Patrimônio Vivo de Pernambuco. Ele morreu aos 85 anos, após uma insuficiência renal crônica. A ideia do memorial é da família do artesão, para manter viva as obras criadas em 68 anos de dedicação a arte.

Segundo o filho do artesão, Ademilson Eudócio, o memorial era um desejo do artista, que queria deixar sua história registrada.

“Era um desejo dele em vida. Inclusive algumas peças ele já tinha separado para o memorial. Com a morte dele, passou um ano fechado. Nós achamos por bem não abrir. Como está completando um ano, em homenagem a ele, a essa cultura, nós resolvemos abrir para receber os admiradores da arte. Vamos manter aberto, é a maneira que encontramos de deixar tudo isso vivo”, disse.

As peças de Manuel Eudócio relatam os folguedos, as manifestações culturais e o cotidiano do povo, ele ficou conhecido como o ‘cronista do barro’. Uma das esculturas mais famosas é o Reisado. Outra obra que ficou bastante conhecida é a Família de Retirantes, entregue ao Papa Emérito Bento XVI, pelo ex-presidente Lula.

Manuel Eudócio morou na Rua Mestre Vitalino, no Alto do Moura. Começava a trabalhar às 5h. Antes do café da manhã, ele já sentava para esculpir as peças. Do contato com o barro, surgiram obras espalhadas pelo mundo e também sucessores dA arte, como o filho, Luiz Carlos.

“Ele sempre nos orientava sobre o trabalho, a posição de uma peça, os cuidados com a perfeição. Convivendo com ele, eu fui desenvolvendo o trabalho, creio que é um dom. É quase impossível fazer sem existir o dom, é impossível fulgir dessa arte. Temos que prosseguir. Se ele partiu, ficou para nós dar prosseguimento a nossa cultura”, disse. via: G1 

Site: Guia Pernambuco