Devido ao período seco e consequente baixa nos reservatórios de água do Brasil, os consumidores deverão pagar mais caro pelo consumo de energia elétrica. O risco de desabastecimento, no entanto, está descartado. Foi o que afirmou nesta quarta-feira (17) o Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata durante evento do setor elétrico no Rio.
“Ao longo do período seco o preço [da conta de luz] vai subir porque nós vamos cada vez mais necessitar das nossas usinas térmicas”, afirmou Barata. Ele destacou, no entanto, que ainda não há uma projeção de quanto será o aumento nas contas.
O diretor da ONS afirmou que “nós não temos risco de desabastecimento” e enfatizou, também, que “risco de racionamento não tem”. Entretanto, defendeu a necessidade de conscientização da população para o consumo consciente da energia elétrica.
“É preciso que a sociedade seja esclarecida de que ela tem algum controle sobre isso, então que ela use da melhor maneira a eletricidade”, destacou Barata.
A previsão de aumento nas contas foi confirmada pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. Segundo ele, até pelo menos novembro, quando tem início o período chuvoso, será mantida a cobrança da tarifa vermelha.
“O patamar de despacho de térmicas aponta que vamos seguir com a bandeira vermelha. Eu diria que a não ser que aconteça um evento excepcional, esta é a tendência”, afirmou Rufino.
A bandeira vermelha voltou a ser cobrada em abril. Ela implica em uma cobrança extra de R$ 3 a cada 100 quiloWatts-hora (kWh) consumidos. Desde fevereiro do ano passado, foi a primeira vez que esta bandeira tarifária foi cobrada. Em março, vigorou a bandeira amarela, que estabelece a cobrança extra de R$ 2 para cada 100 kWh consumidos). Em fevereiro, ela estava na cor verde (sem cobrança extra). Via: G1 Economia
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