- Do total de 147 milhões de eleitores que estavam aptos a votar, 117 milhões (ou 79% do total) foram às urnas. Dos que foram às urnas, 10 milhões votaram em branco ou nulo.Foram, portanto, 107 milhões de votos válidos, dos quais 49.276.990 foram para Bolsonaro.
- Bolsonaro teve, portanto, 34% dos votos totais e 46% dos votos válidos. Haddad obteve 31.342.005 votos e ficou com 21% dos votos totais e 29% dos votos válidos.
- Para vencer, com o índice de abstenção total (incluindo brancos e nulos) apresentado do 1° turno, Bolsonaro precisaria de mais 4 milhões de votos e Haddad de mais 22 milhões de votos.Isso significa que Bolsonaro precisa de 15% dos votos somados de todos os outros candidatos e que Haddad precisa de 85% (!!!) dos votos somados de todos os outros candidatos, incluindo Amoêdo, Daciolo, Meirelles, Alvaro Dias, Eymael e Alckmin.
- Há de se considerar, porém, que no 2° turno a abstenção total é sempre maior do que no 1° turno, uma vez que a ausência de candidatos locais que levam (em alguns casos, literalmente) os eleitores às urnas diminui o índice de participação.
- Isso é importante porque bastaria que a abstenção crescesse 7% no 2° turno para que Bolsonaro se deparasse com um cenário no qual poderia vencer mesmo que não conquistasse um único novo voto sequer.
- Isso tudo mostra que, para vencer, Haddad precisaria não apenas ter a transferência total dos votos dos candidatos de esquerda (o que é impossível, já que a maior parte do voto não é ideológico) com avançar sobre o eleitorado de Bolsonaro, que é muito fiel e resiliente.
- Mostra também que Bolsonaro está numa posição confortável. A votação dele em SP é ilustrativa: ele teve mais de 12 mi de votos de um total de 33 mi. A tendência histórica é de que o candidato anti-petista cresça 50% no 2°turno em SP, o que daria a ele 6 mi de votos adicionais.
- Em suma, apenas com o crescimento natural que se pode esperar em São Paulo (e em todos os estados em que ele foi o mais votado) Bolsonaro já conseguiria muito mais do que os 4 milhões de votos adicionais que ele precisa para vencer.
- Por isso, digo que em condições normais (ausência de fraude e de irregularidades) é virtualmente impossível que Bolsonaro perca no 2°turno e muito provável que ele vença por uma vantagem ampla. Não ficaria surpreso se essa vantagem aparecesse já nas primeiras pesquisas — ainda que não possamos esperar nada desses institutos.
- Evitem o discurso derrotista, não alimentem o desânimo e não se esqueçam que é possível denunciar e combater fraudes ao mesmo tempo que focamos na disputa eleitoral.
- Teremos uma oportunidade única de expor toda a podridão da esquerda na televisão, no rádio e na internet; teremos a oportunidade de apresentar em horário nobre informações e argumentos que muitos brasileiros ainda desconhecem. A esquerda ainda vai se arrepender amargamente por não ter perdido já no 1° turno.(Por: Filipe G. Martins, pelas redes sociais –Via: do Jamildo
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